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Autodefesa perante Agripa. 3º relato da conversão 

26 1 Agripa dirigiu-se a Paulo: “Podes tomar a palavra para te defender”. Paulo estendeu  a mão e  começou a sua defesa: 2 “Rei Agripa, considero-me feliz de poder, hoje, em tua presença, defender-me de todas as coisas de que os judeus me acusam, 3 tanto mais que estás a par dos costumes e controvérsias dos judeus. Portanto, peço-te que me escutes com paciência. 4 Todos os judeus sabem como foi minha vida desde a minha juventude, que se iniciou no meio do meu povo e em Jerusalém. 5 Eles me conhecem de longa data e, se quiserem, poderão testemunhar que vivi como fariseu, de acordo com o partido mais rigoroso de nossa religião. 6 Hoje estou sendo julgado por causa da esperança prometida por Deus aos nossos pais, 7 e que as nossas doze tribos esperam alcançar, servindo a Deus dia e noite, com perseverança. É por causa dessa esperança, ó rei, que estou sendo acusado pelos judeus. 8 Por que se julga entre vós tão incrível que Deus ressuscite os mortos? 9 Eu também, antes, acreditava ser meu dever combater  com todas as forças o nome de Jesus, o Nazareno. 10 Foi o que eu fiz em Jerusalém: prendi muitos dos seus fiéis, com  autorização dos sumos sacerdotes, e dei meu consentimento quando eram condenados à morte.11 Muitas vezes, percorrendo todas as sinagogas, eu procurava forçá-los a blasfemar, por meio de torturas e, no auge do meu furor contra eles, eu os caçava até em cidades estrangeiras. 12 Nessas condições, eu estava indo a Damasco, com autorização e a mando dos sumos sacerdotes. 13 Ó rei, eu estava a caminho, quando pelo meio-dia vi uma luz vinda do céu, mais brilhante que o sol. Essa luz me envolveu, a mim e aos que me acompanhavam. 14 Todos nós caímos por terra. Então ouvi uma voz que me dizia, em hebraico: ‘Saul, Saul, por que me persegues? É inútil teimares contra o ferrão!’ 15 Eu respondi; ‘Quem és, Senhor?’ E o Senhor me respondeu: ‘Eu sou Jesus, aquele que estás perseguindo. 16 Mas agora, levanta-te e fica de pé. O motivo pelo qual te apareci é este: eu te estabeleci para que sejas meu servo e testemunha desta visão e de outras ainda nas quais te aparecerei. 17 Eu te livrarei das mãos deste povo e também dos pagãos, aos quais eu te envio 18 para que lhes abras os olhos e para que se convertam das trevas para a luz, da autoridade de Satanás para Deus. Assim, eles receberão o perdão dos pecados e participarão da herança com os santificados, pela fé em mim’. 19 Rei Agripa, eu não fui desobediente à visão celeste. 20 Pelo contrário, levei a mensagem primeiro aos habitantes de Damasco e aos de Jerusalém, depois a toda a região da Judéia e também aos não-judeus. Disse-lhes que se arrependessem e se convertessem a  Deus, praticando obras que mostrassem sua conversão. 21 Por causa disso, alguns judeus me prenderam, enquanto eu estava no templo, e tentaram matar-me. 22 Mas, graças ao socorro de Deus, até hoje continuo a dar testemunho diante de pequenos e grandes. Nada ensino além do que os profetas e Moisés disseram que deveria acontecer, 23 isto é, que o Cristo devia sofrer e, sendo o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, havia de anunciar a luz ao povo judeu e às nações pagãs”. 

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